
Estava eu no aeroporto quando vejo uma dúzia de autocarros, e respectivos condutores, estacionados esperando pelos adeptos de um clube Inglês que vinham defrontar o F.C. do porto.
Sei que alguns daqueles motoristas, que ali estavam a ganhar dinheiro extra, eram simpatizantes de clubes da outra ponta do País, facto que me baralha bastante.
Ora é certo que se fosse o clube deles a estar na competição os aviões não aterrariam no norte mas sim no sul e quem ganharia o dia seriam os seus compatriotas, ao passo que os nortenhos ficariam a ver passar os aviões e o dinheiro. Mais os hotéis, restaurantes e por aí fora.
É claro e matemático que todos lucrámos com as equipas da região então como se explica haver tantos "tones" que aqui nasceram, vivem, trabalham e criam a sua família, torçam por clubes a milhas de distância.
Os jogadores tanto jogam num como já estão noutro, treinadores incluídos, que se passará então com eles? Julgo que nascemos com um fio desligado, e não estou a brincar, eu próprio em pequeno nutria simpatia por um clube distante mas à medida que vou crescendo vou evoluindo e, raciocinando opto pela razão e lógica, não tenho clube mas simpatizo com qualquer um que traga benefícios para a região. Se bem que actualmente predomina o fanatismo cego e desenfreado num desporto que devia ser … desporto.
Creio que teria aí uns 16 anos quando me apercebo que não sou obrigado a ser como sou, a partir daí questionei todas as minhas convicções, e mais importante, comecei a escrever a minha própria
personalidade, "liguei o fio do
raciocínio".
Porque era eu quem era?
Nunca vi um jogo do principio ao fim, esta dissertação é sobre o raciocínio lógico numa tentativa de chamar a atenção àqueles que seguem filosofias sem se questionarem se acaso estão bem ou mal.