A pessoa mais importante...

24/08/2009

Há alguns anos para cá tenho dedicado algum tempo livre para reflectir sobre o que andámos a fazer aqui neste mundo e fui reparando em muitos erros por mim cometidos.
Comecei por pensar no porquê de tanta guerra no mundo, ao principio pensava que as pessoas eram más, gananciosas e desonestas, pensava eu que a culpa era delas, dos políticos dos americanos ou dos capitalistas, ou seja, a culpa era de todos menos minha, se fossem todos como eu o mundo era um paraíso, pensava eu.
Uns atiram a culpa para o diabo outros para esta ou aquela religião, os pobres dizem que é obra dos ricos, os ocidentais apostam que é dos orientais e por aí fora.
Depois pensei em mil maneiras de mudar as pessoas, eu queria mudar o mundo, não me queria resignar a assistir à morte de milhões de crianças escravizadas e torturadas; eu queria ajudar e então pensei, pensei e nada, como é que eu sozinho podia acabar com tantas atrocidades? E se não conseguia então o melhor era fazer de conta que não se passava nada, uma vez que eu não tinha nada a ver com o assunto.

Acontece que, teimoso como sou fui procurando, questionando e reflectindo sobre tudo, se eu conseguisse encontrar a raiz do mal talvez houvesse uma hipótese.

Desconfiado e céptico questionei tudo o que até então tinha como certo, absolutamente tudo, retirei a credibilidade a todas as convicções até então estabelecidas, abalei os alicerces da minha própria existência e ao mesmo tempo que procurava a razão de tanto mal fui concentrando energia, eu queria estar preparado para atacar assim que tivesse as coordenadas precisas e fiáveis.
Sentia a energia confluir para mim, mais e mais, até que fiquei convicto de que tinha poder suficiente para aniquilar todo o universo se a essa conclusão chegasse. O poder embriagava-me.
Dias houve em que tive muita dificuldade em controlar tanta energia, eu precisava de um alvo de uma resposta de um culpado e rápido.
Então um diálogo de um filme, que vaguea-va no meu subconsciente, clareou e entranhou-se em mim.
Não tentes corrigir os outros, è impossível,
Em vez disso procura ver a realidade,
Aperceber-te-às, então, da verdade,
Os outros não existem,
És tu quem erra!

23/08/2009

Estão os dois certos?

Imagina um Homem num rio, banhando-se.

De uma das margens alguém diz: Olhai, Aquele é Água com o Rio na unidade da Natureza Santa.

Da outra margem afirmam: Louco vê-se bem que é um Homem que ali está.
Imagina agora que ali aparecia o diabo, chegando junto de um deles dizia ao ouvido uma verdade “ Tu estás certo”. Aquele que ouvisse tal ficaria lisonjeado e julgar-se-ia sábio e melhor que o da outra margem.
Agora o diabo fazia o mesmo do outro lado, novamente sussurrando ao ouvido, “tu estás correcto”, depois ria-se e regozijava-se pois em breve aqueles dois se digladiarão por se julgarem donos da verdade.

E eu digo-te que ambos estão certos, aliás a afirmação mais descabida é 70% mais correcta, posso prová-lo cientificamente.

Queres crispação entre nós ou queres respeito e harmonia e amizade?

Como podem os dois estar certos…perguntas tu???
Um homem é cerca de 70% de agua.... mas se estas obcecado com a vitoria não queres saber da Verdade, queres apenas a derrota da outra parte.

16/08/2009

Soltam-nos quando já não poderem voar.

Hoje havia feira de pássaros, não consigo entender os motivos que levam uma pessoa a condenar à perpétua um passarinho inocente.
Fazes ideia do que é estar dias sem fim confinado a uma misera gaiola e estar dependente de monstros?
Que passará pela cabeçinha dos canarinhos? Que mal fizeram eles? Imagina-te no mesmo cenário.
Se ao menos os soltassem um dia antes do fim, poderiam por algumas horas experimentar a sensação de voar alto, tentar ver até que altitude conseguiriam chegar e depois fazer um vôo picado, sentir o vento no bico, a adrenalina e o coração a bombear.
Os pássaros em cativeiro vivem sempre com ansiedade, têm necessidades fisiológicas especificas, quando temos frio procurámos o sol e quando está calor vamos para a sombra, agora visualiza-te numa minúscula gaiola toda a vida.
É completamente estúpido e de ignomia desmesurada manter uma ave presa sem objetivo algum, enquanto viver será mantida em cativeiro, quando o seu coração deixar de vibrar aí então o monstro solta-a...para o ...lixo. E venha a próxima para mais uma ronda de tortura...Monstros.